HISTÓRIA

Tenho o hábito de ler. De ler sempre. Quase o tempo todo. Literatura espírita. Na fila do banco, do caixa do supermercado, depois do almoço, antes de dormir. Qualquer lugar é lugar para ler. Qualquer hora é hora.

Uma vez, no começo de 2019, eu almoçava, como de regra, na praça de alimentação de um Shopping Center próximo ao local onde trabalhava na ocasião.

O livro Espírita que aguardava o final da minha refeição, descansava sobre a mesa.

Surge um senhor, simpático, perguntando se poderia sentar no lugar vago à minha frente.

Conversamos um pouco, era professor universitário. Espírita, vira o livro que a capa do livro que eu lia e se sentira à vontade para pedir assento.

Perguntou-me:

- Você já leu Yvonne Pereira?

Eu não conhecia.

Falou-me com entusiasmo: era uma das maiores médiuns da história do Espiritismo Brasileiro. Seus livros eram verdadeiras joias. Reomendou-me "Memórias de um Suicida".

Fui ler. Quem não se apaixona ao ler Yvonne A. Pereira? Li mais. E mais.

E a temática do suicídio era recorrente. Procurei outros autores. Li mais ainda.

Nessa ocasião eu andava escrevendo um poema no estilo épico, que pretendia narrar a história do Brasil sob o ponto de vista espiritual. Então ocorreu-me de escrever, no mesmo estilo, no mesmo formato, uma carta às pessoas desesperadas que pensão em se suicidar. Mudei meu foco. Comecei a escrever. Um dia por semana, após realizar o Evangelho no Lar. Isso era mais ou menos maio de 2019.

O tempo passou, o poema foi nascendo. Veio a pandemia. Fiquei doente. O poema estava quase pronto. Veio setembro. Mês de prevenção ao suicídio. Aproveitei, terminei, publiquei.

Essa é a pequena história de Notícias de além-túmulo.

Minha intenção: que seja lido. Que seja lido por muitos. Para que muitos deixem de se suicidar.

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